Madalena Assinala 300 Anos da Crise Vulcânica de 1718

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Cataclismo natural, que levou a população a fazer um voto a Nossa Senhora dos Milagres, será assinalado, com a tradicional peregrinação à Ermida do Cachorro, que resistiu intacta à fúria das lavas, que transbordaram até ao mar.

A crise vulcânica de 1718 será, novamente, assinalada a 2 e 3 de fevereiro, na freguesia da Bandeiras, com a tradicional peregrinação à Ermida do Cachorro, honrando o voto feito, há 300 anos, a Nossa Senhora dos Milagres.

Evocando esta promessa secular, as comemorações prolongam-se ao longo do fim-de-semana. A par da peregrinação irá realizar-se, na sexta-feira, a eucaristia, presidida por D. João Lavrador, Bispo de Angra, seguida de arrematações.

A 3 de fevereiro, sábado, a efeméride será celebrada com um serão cultural, com uma palestra proferida por Albino Terra Garcia, sobre esta catástrofe natural e a forma como este moldou as gentes da nossa ilha. Este primeiro momento comemorativo termina com o descerramento de uma lápide evocativa, sendo ao longo do ano realizados diversos eventos comemorativos em toda a ilha.

“O Município da Madalena não podia dissociar-se desta celebração importantíssima. Não podemos branquear a nossa história, esquecendo-a no passado”, afirmou José António Soares, Presidente da Câmara Municipal da Madalena, na apresentação do programa comemorativo dos 300 anos da erupção vulcânica de 1718, acrescentando que é “importantíssimo que este facto, que mistura a natureza e a fé dos homens, fique registado para memória futura das nossas gerações vindouras, recordando a bravura deste povo, que com a sua fé resistiu e continua a lutar pelo que é o mais importante para a nossa terra”.