São Mateus

São Mateus



Área: 17,37 Km2
Distância à sede de concelho: 9.99 Km
População: 767
Actividades económicas: Agricultura, Pecuária, Vitivinícultura, Pesca e Comércio
Festas e Romarias: Festa do Bom Jesus Milagroso, Festa de São Mateus
Património: A igreja paroquial, as Ermidas de Nossa Senhora da Conceição, da Santíssima Trindade, de Nossa Senhora da Alegria e de São João, o nicho de Nossa Senhora das Dores, os Impérios do Espírito Santo, a casa dos botes baleeiros e o farol.
Outros Locais: Areeiro, Bagaços, Cabeços, Caminho de Baixo, Grotas, Gingeiras, Mata, Pontinha, Porto e Relvas.
Santo Padroeiro: São Mateus
Descrição:

A freguesia de São Mateus situa-se na parte sul da ilha do Pico e do concelho da Madalena confinando a oeste com a freguesia da Candelária e a Leste com a de São Caetano.

Sendo a terceira localidade da ilha a ser povoada é a mais antiga freguesia do concelho da Madalena, existindo há mais de quinhentos anos, sendo povoada pelos primeiros colonos em 1482.

A igreja paroquial de São Mateus, consagrada ao mesmo santo padroeiro, começou a ser construída em 1838. Trata-se de uma das mais imponentes igrejas de toda a ilha do Pico. O corpo principal de grande envergadura, encontra-se dividido em três naves, por duas séries de seis arcos. Templo que em 1 de julho de 1962 foi elevado à categoria de Santuário Diocesano por decreto do bispo da Diocese de Angra do Heroísmo, Dom Manuel Afonso de Carvalho.

Do seu interior, destaca-se a imagem do Bom Jesus Milagroso, oferecido em 1862 por Francisco Ferreira Goulart, emigrante açoriano no Brasil, restaurada em 1975.

Sendo uma das duas freguesias do concelho que é irrigada por ribeiras: Grota, Calheta e dos Bodes, abrange numa área aproximada de 17,74 quilómetros quadrados os sítios e lugares de Arieiro, Bagaços, Cabeços, Caminho de Baixo, Grotas, Gingeiras, Mata, Pontinha, Porto e Relvas.

Dada a fertilidade dos seus solos apresenta quatro zonas distintas para a prática de diferentes actividades agrícolas: os "Biscoitos" que se estendem junto do mar; os "Bagaços" ; as zonas de cultivo de vinhas e pomares e as "pastagens" na encosta da montanha onde se cria o gado bovino.

Desde a sua génese a freguesia de São Mateus foi caracterizada pela excelência das suas terras e pela sua relação próxima com o mar, a maior parte da população ocupa-se nas actividades agrícola, vitivinícola, pecuária e piscatória, apesar de actualmente se terem desenvolvido outras actividades comerciais que contribuem também para o seu desenvolvimento económico.

Esta é uma das freguesias do concelho onde, ainda hoje, existem resquícios da actividade baleeira, rudimentar indústria, cuja faina violenta e perigosa, pôs em risco a vida de muitos corajosos picarotos, alguns deles ainda vivos para completar esta saga. A testemunhar o passado existem as antigas vigias de baleias, construções altaneiras cuja implantação tinha por objectivo observar no mar a localização dos cachalotes e a casa dos botes junto ao porto de São Mateus, edifício quase em ruínas.

A cultura, o lazer e o desporto tem uma grande acção nesta localidade desenvolvida sobretudo pelas associações que apoiam em grande medida com o trabalho de colectividades como o clube de futebol Boavista, o Grupo folclórico, Grupo de Teatro Gota de Mel, a filarmónica Lira de São Mateus o grupo de Escuteiros.

Do seu património e das bonitas e graciosas paisagens naturais destacam-se as vinhas de currais de pedra classificadas como Património Regional, as Ermidas de Nossa Senhora da Conceição, da Santíssima Trindade, de Nossa Senhora da Alegria e de São João, o nicho de Nossa Senhora das Dores, os Impérios do Espírito Santo, a casa dos botes baleeiros e o farol.